Tipos de investimentos: Renda Fixa e Fundos de Investimentos
Por Bruno Zago
11 novembro 2020 - 08:55 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:28
Estamos vendo um grande movimento do brasileiro em direção a investimentos mais agressivos e rentáveis como ações. Mas para quem está começando agora nesse mundo, quais são os tipos de investimentos mais apropriados?
Chamamos o Gabriel Mallet, da PI Investimentos para falar mais sobre isso. Ele está há mais de 10 anos no mercado financeiro e vai explicar tudo sobre renda fixa e fundos de investimentos.
Confira neste artigo agora!
Cenário Atual
O Brasil está vivendo um grande boom em relação ao mundo dos investimentos. Os brasileiros estão migrando seus investimentos da poupança para outros ativos, como ações.
Até poucos anos atrás, em 2014, o brasileiro estava mal-acostumado com os altos rendimentos da poupança. Eles chegavam a cerca de 1% ao mês.
Porém, com o passar dos anos, alcançar esses rendimentos na poupança ficou impossível. Por isso, se os investidores não apostarem que ativos de maior risco e diversificar suas carteiras de investimentos, os rendimentos serão cada vez mais baixos.
Nesse cenário, vamos abordar agora tipos de investimentos que são boas escolhas para quem está começando a diversificar sua carteira.
Primeiros passos para os investidores
O primeiro e mais importante passo, na hora de investir, é entender o perfil de investidor. De acordo com o perfil da pessoa, existem ativos que são indicados.
Os tipos de investimentos vão variar de acordo com o risco, a liquidez, prazo de vencimento e outros critérios. O perfil de investidor pode ser conversador, moderado ou agressivo. E isso vai determinar qual risco a pessoa está disposta a correr para obter maiores rendimentos.
Por exemplo, para uma pessoa conversadora, o ideal é investir apenas 5% da carteira em ações, porque são ativos de alta volatilidade e risco.
Já investidores mais agressivos, em momentos de crise, por exemplo, não fazem o movimento de venda de ações. Pelo contrário, aproveitam para comprar mais ações a preços menores, mesmo representando alto risco no momento.
Para Gabriel Mallet, é essencial pensar em três passos para começar a investir:
- Garantir a Reserva de Emergência: é um valor que você reserva para caso aconteça algum imprevisto, como fica desempregado. O ideal é reservar de 5 a 6 salários para trabalhadores CLT e de 8 a 9 salários para trabalhadores autônomos.
- Investir em metas e objetivos específicos: todos os investimentos de médio a longo prazo devem ter em vista um objetivo ou meta. Como comprar um carro, fazer uma viagem ou até mesmo garantir a aposentadoria. Isso ajuda na hora de escolher os tipos de investimentos.
- Arriscar para rendimentos maiores: garantindo a reserva de emergência e os objetivos, é hora de arriscar. Apostar em ativos com maiores riscos e rendimentos.
Nesse cenário, a renda fixa e os fundos de investimentos, podem ser boas opções para os investidores.
Tipos de Investimentos: Renda Fixa e Fundos
Existem vários tipos de investimentos de renda fixa, como LCI e LCA – que são isentos de Imposto de Renda e o CDB e LC – que descontam Imposto de Renda. Esses investimentos são garantidos pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito – no valor de R$250 mil por CPF e por Instituição, mas com teto de R$1 milhão.
Esses investimentos possuem diferentes indexadores que variam de acordo com o ativo, por exemplo, o CDI ou IPCA. Eles podem ser pré-fixados, que você já sabe o quanto o ativo vai render no momento da compra, pós-fixados que acompanham o valor do CDI e ainda híbridos que possuem rentabilidade pré e pós-fixada.
Os Fundos de Investimentos podem ser de renda fixa, de multimercado, de ações, cambial e do exterior. É são ótimas opções para quem está buscando diversificar a carteira, porque com baixos valores de aportes inicias você consegue diversas opções e monta uma carteira protegida.
Riscos dessas operações
Os investimentos de renda fixa são considerados conversadores porque são garantidos pelo FGC e, por isso, não representam um volume de risco muito alto.
Existem três principais agências que fazem a classificação de ricos dos ativos, que são Moody’s, Fitch e Standart & Poor’s. Elas analisam vários critérios para definir qual risco aquele ativo representa.
Alguns indicadores são:
- Prazos
- Rating do emissor
- Vencimentos
- Indexador
Alguns outros riscos são atrelados ao mercado e à oscilação de preços dos ativos, ou seja, a volatilidade de preços. Uma ação, por exemplo, possui alta volatilidade diferente de um título de renda fixa.
Outro fator que impacta em vários tipos de investimentos, é o risco de liquidez. Ou seja, a facilidade de transformar o ativo em dinheiro. Por exemplo, uma ação é mais fácil de venda do que um imóvel. Por isso, é necessário considerar quando você vai precisar daquele valor investidor, para analisar a liquidez do mesmo.
Os títulos de renda fixa, em grande maioria apenas são liquidados no prazo de vencimento, mas existem títulos de liquidez diária, ou seja, você consegue resgatar o valor investimento no mesmo dia, ou D+1.
Risco de liquidez, é a dificuldade de desfazer daquele ativo. Por exemplo, para vender uma ação é muito mais fácil do que vender um imóvel, ou seja, é a dificuldade ou não de transformar aquele ativo em dinheiro.
Nos fundos de investimentos existem um prazo de cotização, que é o período de transformação das cotas que vai ser pago.
Por isso, para analisa quais tipos de investimento você irá investir, é necessário realizar o teste de perfil de investidor, ou suitability. Através do seu perfil de investidor, você consegue identificar quais tipos de investimentos fazem mais sentido para compor sua carteira de acordo com seus objetivos e metas.
Este artigo é baseado no “Investimento em dia EP 3 – Tipos de Investimentos – Renda Fixa e Fundos de Investimentos”, episódio do Cedro Cast.
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