Tudo que você precisa saber sobre Startups Unicórnio
Por Leonardo Reis Vilela
20 maio 2019 - 17:32 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:38
O que é uma startup? Essa pergunta você sabe responder tranquilamente, já que reconhece facilmente no mercado as novas empresas que surgem com uma perspectiva inovadora, na vanguarda da transformação digital. Mas existem outras quatro questões que devem chamar sua atenção.
No seu dia a dia, há um tipo de startup que salta aos olhos. Elas são especializadas na sua área e, quase sempre, desenvolvem algum tipo de tecnologia para o mercado financeiro. E isso faz com que tenham um nome especial: fintech.
Tais startups combinam o mundo das finanças ao da tecnologia, como nenhuma outra empresa tradicional da área conseguiria. Comparadas às instituições financeiras e negócios que estão no mercado há décadas, as startups já nascem com o poder de mudança e adaptação necessário à sobrevivência na era da transformação digital.
Para você ter uma ideia, cinco empresas brasileiras alcançaram um crescimento tão meteórico, que passaram a ser chamadas de unicórnios. E esse é um termo específico para designar negócios baseados em tecnologia e inovação que alcançam um valor de mercado equivalente ou superior a US$ 1 bilhão.
No Brasil, há duas ou três empresas que combinam as duas terminologias: fintech e unicórnio. Talvez você já saiba quais são. Mas precisa continuar a leitura para encontrar as 4 perguntas e respostas sobre as novas empresas digitais, além de confirmar a sua suspeita.
1. Como a transformação digital cunhou o termo startup?
No mundo dos negócios, o termo startup foi usado pela primeira vez em meados de 1976, em matéria da revista Forbes. Um ano depois, foi atribuído como adjetivo de alguns tipos de companhia ligadas à tecnologia.
Mas foi na década de 1990 que a bolha da internet inflou e estourou. E com ela, as empresas que tinham seus negócios focados no digital cresceram e se valorizaram absurdamente.
As startups que conhecemos hoje herdam toda essa história de transformação digital. Elas são uma aposta.
Isso mesmo!
São empresas novas, que muitas vezes nem lançaram produtos, mas que recebem aportes vultuosos. Ou seja, estão abertas a apostas de investidores que contam com a recuperação dos valores assim que começam a dar retorno financeiro. E essa é uma característica muito comum a empresas que desenvolvem sistemas.
Até que um software comece a rodar, são necessários muitos investimentos. É possível que a empresa passe anos no desenvolvimento de uma ideia, até que possa chegar ao mercado em uma primeira versão. Somente aí, o retorno financeiro aparece.
O que seria dessas empresas sem os investimentos? De onde viria a renda que suporta a equipe de desenvolvimento e demais setores necessários para estruturar uma empresa iniciante?
É nesse cenário que surgem as incubadoras e os fundos de investimento. Tema da próxima pergunta.
2. Como se tornar uma startup?
Para ser uma startup é preciso oferecer ao mercado um produto tecnológico que desperte o interesse de investidores. Ter uma versão beta do sistema ou ferramenta é o ideal na captação de recursos. Sua jovem empresa, que ainda não deu um grande retorno financeiro, pode se tornar uma startup desde que desenvolva tecnologia e inovação, além da promessa de resultados.
São 4 os principais passos para seguir esse rumo:
- Ser do ramo de tecnologia e promover a inovação;
- Produzir um protótipo;
- Iniciar as operações
- Captar recursos em fundos de investimento e incubadoras, além dos investidores anjo.
3. O que as fintechs unicórnio fizeram para chegar a este patamar?
O Brasil tem cinco startups do tipo unicórnio. Todas conquistaram esse posto em 2018. Três delas são reconhecidas como fintechs. Mas o que elas fizeram para chegar lá?
Seguiram os quatro passos da resposta anterior com maestria. Isso porque usaram as ferramentas da transformação digital para oferecer produtos que as pessoas realmente precisavam e dos quais poderiam usufruir com facilidade.
Ou seja, o cliente compra em um e-commerce, quer que a mercadoria chegue rapidamente. Aguardar o tempo de compensação do boleto não é agradável. Pagar com o cartão de crédito pode ser arriscado. Por que não criar uma solução de pagamento digital confiável? Pagseguro apostou neste nicho e alcançou o valor de US$ 1 bilhão na bolsa de valores.
Mas muitos não consideram a empresa um unicórnio. Isso porque a PagSeguro pertence ao UOL, que é parte do Grupo Folha. Ou seja, não teve a trajetória disruptiva, de início independente, que é característica das startups.
A Stone seguiu os passos da quase fintech unicórnio e viu seu valuation chegar ao mesmo patamar, sagrando-se a segunda a conquistar tal posto. A primeira foi a Nubank, startup que oferece serviços financeiros, como conta e cartão de crédito totalmente gerenciáveis pelo smartphone.
4. Quais serão os próximos unicórnios no Brasil?
Os três exemplos mencionados anteriormente se relacionam ao desenvolvimento da tecnologia para o mercado financeiro. Mas falando da transformação digital de modo geral, o Brasil pode ser berço de mais sete unicórnios em 2019. Saiba quais são e o que fazem:
- Creditas – oferece crédito tomando imóveis como garantia;
- Dr. Consulta – rede de clínicas particulares;
- Guiabolso – aplicativo de controle de receitas e despesas;
- Loggi – realiza serviços de entrega e logística;
- Neon – plataforma de contas digitais sem pagamento de tarifas;
- Resultados Digitais – plataforma de automação em marketing digital;
- Yellow – aplicativo de locação de bicicletas.
Agora que você já sabe tudo sobre Fintechs e Startups, continue no blog da Cedro para descobrir essas e outras tendências de tecnologia para o mercado financeiro.
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