Cidades inteligentes: entenda a tecnologia envolvida
Por Leonardo Reis Vilela
02 agosto 2016 - 14:07 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:43
Cidades inteligentes são aquelas que desenvolvem políticas públicas de solução de problemas e melhoria da qualidade de vida da sua população, que se baseiam no aproveitamento das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para coleta de dados, tratamento de informações, planejamento de ações e execução de projetos — que trazem resultados evolutivos significativos na eficiência das operações urbanas e no desenvolvimento socioeconômico local.
Até 2013, 21 cidades eram consideradas inteligentes em todo o mundo. Segundo o relatório da IHS Technology, a expectativa é de que aumente para 88 metrópoles inteligentes até 2025. Neste artigo, mostraremos alguns exemplos do uso da tecnologia para tornar as cidades inteligentes:
Segurança
Em Belo Horizonte, a Polícia Militar utiliza um sistema de videomonitoramento, que utiliza câmeras com ângulo de 360 graus e alta definição de imagem, distribuídas em diversos pontos da cidade, para controle, inibição e repressão à violência urbana.
Mobilidade urbana
Cidades como São Paulo, Nova York, Londres e Paris utilizam um sistema de controle de trens baseado em automação e telecomunicações, que permite gerenciar o fluxo das composições do metrô, reduzindo o intervalo de atendimento ao público, monitorando o seu funcionamento e evitando acidentes.
Eficiência energética
Em Denver, no Colorado (Estados Unidos), está em andamento um projeto-piloto de eficiência e economia energética, em uma parceria da Panasonic com o governo local. No projeto, lâmpadas de LED, associadas a câmeras de alta definição, detectarão o trânsito de pedestres e regularão a intensidade da iluminação.
Tecnologia e inovação
A cidade de Barcelona criou uma plataforma tecnológica que permite coordenar as atividades de familiares, vizinhos e cuidadores, a fim de evitar o isolamento de idosos, garantindo seu bem-estar deles.
Meio ambiente
Em Copenhague, na Dinamarca, as bicicletas que fazem parte de um sistema de locação ao público, foram equipadas com GPS, que permite receber informações em tempo real sobre as condições do trânsito, facilitando escapar dos congestionamentos e sensores de qualidade do ar, para monitorar os resultados das ações locais para redução das emissões de carbono.
Como vimos, as prefeituras de muitas cidades ao redor do mundo estão utilizando cada vez mais tecnologias de informação e comunicação para conectar diversos dispositivos tecnológicos a infraestruturas de sistemas de monitoramento e gerenciamento de serviços públicos. Dessa forma, são capazes de gerar informações consistentes para a definição de políticas públicas, visando tornar as cidades mais sustentáveis e melhores para se viver. Estas ações demandam o trabalho coordenado de fornecedores de equipamentos de TIC, prestadores de serviços de desenvolvimento de aplicativos e sistemas e provedores de serviços de telecomunicações em conjunto com servidores públicos.
Prêmios como o Mayors Challenge – realizado nos Estados Unidos, Europa, América Latina e Caribe – e o Ranking Connected Smart Cities – realizado em 700 municípios brasileiros – têm desafiado os prefeitos das cidades a desenvolver soluções baseadas em tecnologias da informação e comunicação, para melhoria de produtividade dos serviços públicos e qualidade de vida dos cidadãos — a fim de ampliar o número de cidades inteligentes e impactar positivamente a vida das pessoas com a melhoria das condições socioeconômicas locais.
Deixe um comentário