Renda Fixa – o que é?
Por Rogério Marques
26 julho 2018 - 09:20 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:32
Resumidamente, a renda fixa é uma forma de aplicação, a qual o investidor adquire títulos e, a partir deles, consegue obter alguma rentabilidade. O ganho na aquisição de títulos pode ser delimitado já na própria compra (pré-fixado) ou no momento em que o mesmo for resgatado (pós-fixado).
De forma bem clara, é quando você empresta dinheiro para alguma instituição e ganha uma grana ao longo do tempo com o empréstimo feito.
Exemplo de um título
Título A
- Nome do título: CDB Pós Fixado;
- Emissor: Banco do Brasil;
- Vencimento: 29/09/2023;
- Liquidez: Diária;
- Taxa: 109%;
- Indexador: CDI;
- Imposto de Renda: Sim, quanto? 15%;
- Valor mínimo: R$10.000,00;
- Rating (classificação de risco): A+;
- Tipo: PÓS FIXADO;
- Produto: CDB;
- FGC (Fundo Garantidor de Crédito): Sim.
Tipos de investimento
CDB (Certificado de depósito bancário)
São títulos emitidos por bancos para captação de dinheiro.
LCI (Letra de crédito imobiliária)
São títulos emitidos por bancos para captação de dinheiro para o mercado imobiliário.
LCA (Letra de crédito do agronegócio)
São títulos emitidos por bancos para captação de dinheiro para o mercado do agronegócio.
LC (Letra de câmbio)
São títulos emitidos por financeiras para a captação de dinheiro como um CDB.
DEBÊNTURES
São títulos emitidos por grandes empresas, como Cemig, para captação de recursos e que não possui garantia do FGC.
COE (Certificado de operações estruturadas)
É um investimento, ainda novo no mercado brasileiro, que une produtos da Renda Fixa e Renda Variável. Operações Estruturadas é toda operação no mercado que seja a combinação de dois ou mais ativos.
CRI (Certificado de recebíveis imobiliários)
São títulos emitidos por sociedades securitizadoras para captação de recursos. Securitização (do inglês securitization), ou titularização, é uma prática financeira que consiste em agrupar vários tipos de ativos financeiros (notadamente títulos de crédito tais como faturas emitidas e ainda não pagas, dívidas referentes a empréstimos entre outros), convertendo-os em títulos padronizados negociáveis.
CRA (Certificado de recebíveis do agronegócio)
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são títulos de renda fixa emitidos diretamente pelas empresas (incluindo produtores rurais, cooperativas entre outras), com o objetivo de captar recursos para atuar no agronegócio.
Tesouro Direto
- Tesouro Selic
É um título indexado à taxa Selic, que é emitido pelo governo federal para captação de recursos.
- Tesouro IPCA
É um título indexado ao IPCA que é emitido pelo governo federal para captação de recursos.
- Tesouro Pré-fixado
É um título que possui um valor pré-fixado e que é emitido pelo Governo Federal para a captação de recursos.
- Tesouro IGPM
É um título indexado ao IGPM que é emitido pelo governo federal para captação de recursos.
Indexadores
- CDI (Certificado de depósito interbancário)
- Índice gerado por transações realizadas entre bancos. Por exemplo: um banco A teve mais depósitos no dia e o banco B mais saques. Nesse contexto, o banco A empresta dinheiro ao banco B e a realização de várias transações como essa geram o CDI.
- Tesouro SELIC
- É a taxa mãe da economia que dita a política de juros do Brasil.
- IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
- É medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país.
- IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado)
- É o indicador de movimento dos preços calculado mensalmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e divulgado no final de cada mês de referência. Atualmente, ele é o índice de referência utilizado para o reajuste dos aumentos da energia elétrica e dos contratos de aluguéis.
Como escolher um título para investir?
A escolha de um título para investir não é uma tarefa tão fácil, mas com uma análise detalhada e a ajuda de um bom comparador ou calculadora de investimentos pode ser mais simples do que você imagina. Para utilizar qualquer uma das ferramentas citadas, é importante conhecer a composição de um título e o que pode te dar maior rentabilidade no prazo que você precisa.
Vamos utilizar o exemplo de dois títulos, um CDB que paga 110% do CDI e um LCI que paga 89% do CDI.
O que temos que analisar?
Qual é o prazo de vencimento dos títulos?
- O CDB tem vencimento em 90 dias;
- O LCI tem vencimento em 90 dias.
Qual é a liquidez dos títulos?
- A liquidação do CBD é no vencimento;
- A liquidação do LCI é diária.
O título desconta imposto de renda?
- O CDB é descontado 15% do valor que você ganhou no período;
- O LCI não é descontado imposto de renda.
Vamos fazer uma conta de papel de pão:
Se você aplicar R$100,00 em ambos os títulos, você vai ter o seguinte cenário:
- Para o CDB:
- Será gerado um lucro de R$1,33 no prazo de 90 dias descontado o Imposto de renda;
- A rentabilidade por mês é de 0,44% a.m.
- Para o LCI
- Será gerado um lucro de R$1,39 no prazo de 90 dias sem cobrança do imposto de renda;
- A rentabilidade por mês é de 0,46% a.m.
Conclusão:
- O melhor investimento nesse cenário é o LCI, mesmo parecendo que o CDB traria uma rentabilidade maior, pois rende 110% do CDI, enquanto o LCI rende 89%, o CDB tem desconto de imposto de renda sobre o lucro do investimento, enquanto o LCI não. Por isso, é o LCI é a melhor escolha.
- Analisando os diferentes tipos de investimentos, a Renda Fixa é um tipo que lhe trará tranquilidade, pois a maior parte dos títulos possui a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e não lhe traz risco de perda de recursos.
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