Treinamento de chatbots: foco em conversas inteligentes
Por Vitor Precioso
14 novembro 2019 - 14:06 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:44
Embora o desenho de um chatbot seja feito usando ferramentas tecnológicas, vale destacar que a sua criação é orientada pelas experiências, comportamentos e preferências do ser humano.
Até mesmo porque, um robô conversacional não é apenas uma ferramenta para automatizar e otimizar o atendimento ao cliente em tempo real. Muito além disso, o assistente virtual é como uma extensão da sua marca.
Daí a importância do chatbot apresentar um discurso coerente, para atender até mesmo as demandas não programadas de uma maneira inteligente.
Por isso, o desafio é adotar um esquema de treinamento de chatbot que permita aos desenvolvedores aprimorar continuamente a ferramenta. Ela deve ter a maior eficácia e assertividade possível.
A questão é: como usar a inteligência artificial para desenvolver robôs conversacionais completos e bons de papo, que sejam capazes de apresentar soluções aos seus clientes em interações amigáveis e humanizadas?
Para ter a resposta dessa pergunta, avance na leitura do artigo! Descubra como um chatbot pode se tornar um robô bom de papo!
Passo 1 – Conheça e entenda as personas
Para construir conversas inteligentes e humanizadas e iniciar o treinamento do chatbot, é preciso ter em mente que você precisa saber qual a finalidade da interação. Portanto, para começar é preciso conhecer e entender o seu público:
As personas podem indicar precisamente a dimensão do problema que se pretende resolver e potenciais impactos na vida das pessoas que serão afetadas.
Desse modo, a partir da definição de personas se torna mais fácil idealizar as conversas e o tom que será usado pelo seu chatbot. Para facilitar e orientar a criação do repertório do assistente virtual, as demandas da persona representam insumos para a programação das conversas usando inteligência artificial.
Passo 2 – Identifique os problemas
Já há quem diga que os designers e desenvolvedores precisam, cada vez mais, se reinventar, transformando-se em “problem-finders”, em bom português, “identificadores de problemas”.
Ou seja, os profissionais precisam ser capazes de mapear e propor novos direcionamentos para dificuldades/oportunidades presentes na rotina das pessoas, e que passam despercebidas para a maioria delas.
Portanto, para desenvolver um chatbot bom de papo, é preciso identificar e compreender as dores das pessoas, transformando-as em insights para o diálogo e a interação do assistente virtual com os usuários.
Passo 3 – Defina objetivo e interações
Sabendo para quem o chatbot será desenvolvido e qual problema ele pretende solucionar, o próximo passo é definir o objetivo do assistente virtual e a área de atuação, os tipos de interações possíveis. Esses são aspectos decisivos para o sucesso do chatbot.
Objetivo: o sucesso de um produto depende da funcionalidade dele. Com o chatbot não é diferente. É preciso que ele seja construído de tal modo que atenda à principal demanda do problema mapeado inicialmente. Suprir a lacuna identificada deve ser o seu objetivo!
Interações: não se trata apenas do mapeamento das interações do bot, mas sim de entender como o robô irá atuar, prestando um serviço para a persona, na vida real.
Para ampliar a visão sobre as possibilidades de interações, algumas perguntas que podem ser respondidas nesse processo:
- O serviço funciona bem na vida real?
- Um bot pode/consegue agregar valor no processo?
- Existem padrões nas interações? É possível antecipar interações/ações?
Depois de fazer esse exercício e responder a essas questões, considere alguns aspectos importantes:
- Se o serviço não funciona na vida real, é muito provável que automatizá-lo não seja a solução;
- Se tiver dificuldade de identificar padrões, crie hipóteses e faça testes;
- Caso o problema seja complexo, opte por dividi-lo e abordá-lo em etapas;
- Se o chatbot não agregar valor em nenhuma interação, talvez seja a hora de rever o problema.
Passo 4 – Pense em como a sua marca conversa
Depois de percorrer as demais etapas e chegar até aqui, é hora de pensar no seu bot e em como ele irá resolver o problema definido, orientando as suas personas por meio das interações e da visão – de produto ou serviço – definidas nas etapas anteriores.
Com a criação e o treinamento do chatbot, as interações são cada vez mais conversacionais. Os bots têm voz e personalidade e falam sobre os produtos e serviços, atendendo aos clientes em diálogos objetivos.
Para facilitar a construção de conversas para chatbots inteligentes, é preciso pensar sobre como a sua marca se comporta em uma conversa. De outra perspectiva: como o seu bot se comportaria se fosse uma pessoa?
Para idealizar as conversas do chatbot, usando a inteligência artificial, considerando a seguinte situação:
Se sua marca fosse uma pessoa, ela…
- Enviaria links, gifs e fotos?
- Teria uma persona feminina ou masculina?
- Responderia como se o cliente fosse mal-educado? E se ele fosse irônico?
- Usaria quais palavras com frequência? E quais jamais usaria?
- Seria adepta dos emojis? Quais?
- Puxaria assunto com o cliente?
- Seria simpática ou de poucas palavras?
As respostas para esse conjunto de questões certamente ajudarão você a desenhar uma boa interface e, mais do que isso, um chatbot bom de papo para o seu público.
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